O Curso de Especialização em Engenharia e Gestão de Processos de Negócios (EGPN360) é um curso de pós-graduação lato sensu, nível ‘MBA’, reconhecido pelo MEC e realizado pelo Departamento de Engenharia Industrial (DEI) da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Diferentemente do clássico curso de qualificação profissional de menor duração, o EGPN360 constitui-se como um curso de 360 horas-aula de duração, com uma agenda que busca cobrir todo o espectro de questões em torno da Engenharia e Gestão de Processos de Negócio – na imagem, propiciar uma visão de 360o. E que sirva para praticamente todas as demandas do ano (‘360 dias’).

O curso foi concebido pelos professores coordenadores do Laboratório de Sistemas Integrados de Gestão (LabSIG), Laboratório de Operações Intensivas em Conhecimento (LOCus) e Laboratório de Gestão Estratégica, Tecnologia e Inovação (LabGETI). Juntos, estes laboratórios formam uma rede de laboratórios de ensino, pesquisa, extensão e suporte a projetos em organizações dos mais diversos setores, criados a partir das linhas de atuação dos professores que integram o Grupo de Produção Integrada (GPI). O GPI é um dos grupos de pesquisa mais antigos e importantes da Engenharia de Produção da UFRJ, e do Brasil), ligado à Escola Politécnica e à COPPE.

A concepção do programa do curso parte do entendimento da relevância da gestão dos processos de organizações tradicionais e modernas, a partir do conhecimento disponível em Engenharia de Produção, desenvolvido ao longo das últimas décadas pelo corpo docente, em projetos de pesquisa & desenvolvimento e inovação (P&D&I) e de extensão, e em atividades de capacitação e ensino associadas aos campos de conhecimentos abordados pelo EGPN360.

Organizações bem estruturadas em seus processos criam não só vantagens competitivas diretas em relação a seus concorrentes, como também capacitações para lidarem com os diversos desafios com que se defrontam, desenvolvendo a capacidade de se sustentarem ao longo do tempo. Nesse sentido, a Engenharia e Gestão de Processos de Negócios (EGPN) surge como principal abordagem a ser utilizada para que a organização alcance seus objetivos.

A EGPN propicia à organização compreender e mapear como ocorrem suas operações, como estas contribuem para seus resultados, e como poderiam ser melhoradas para melhorarem estes últimos. Além disso, a EGPN desvela como a informação se conforma e flui ao longo de suas fluxos e interfaces, alavancando o entendimento global da cadeia de valor existente, inclusive para além das fronteiras da organização.

O EGPN360 comporta, em seu projeto pedagógico, estudos de casos aprofundados de diversos setores e uma carga de atividades práticas, aplicadas sempre que possível a questões do dia-a-dia profissional e/ou empreendedor do discente; e o detalhamento das técnicas associadas às diversas aplicações (ou desdobramento) da EGPN: Gestão de Operações; da Logística e da Cadeia de Suprimentos; de Operações de Saúde; de Competências e do Conhecimento Organizacional; de Projetos; da Tecnologia e da Inovação; de Riscos e Compliance; sob a orientação da Gestão Estratégica.

Aborda ainda, de forma destacada, a Gestão da Tecnologia da Informação e Automação (TIA), aspecto indissociável da EGPN contemporânea, com destaque para as aplicações associada aos conceitos emergentes relacionados à Manufatura Inteligente e à Indústria 4.0; à Internet das Coisas, de Todas as Coisas; aos Ecossistemas e Modelos de Negócio Digitais; tendo em vista o fenômeno de crescente digitalização dos processos e, consequentemente, da economia. Ou seja, a grande onda de conformação de uma economia digital, ora em curso.

Esta nova economia, que vem sendo justamente chamada de ‘economia industrial digital’, está sendo construída sobre a confluência da integração, na “nuvem”, da colaboração social, da mobilidade e do uso massivo de dados. Cabe lembrar, que, se na última década foi possível presenciar os efeitos da integração das pessoas entre si, e destas com o varejo, não há porque duvidar que a “integração de todas as coisas” promoverá, do mesmo modo, uma revolução na forma como o tecido socioeconômico se organiza e pulsa.